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In Conflict
Curatorship of the Portuguese Official Representation at the
17th Architecture International Exhibition
La Biennale di Venezia, 2021





[PT]
A exposição, presente noPalazzo Giustinian Loline integrada na 17ª Bienal de Arquitectura de Veneza, dá notícia da arquitectura portuguesa do arco temporal da democracia a partir de sete processos marcados por destruição material, deslocação social ou participação popular. Todos eles têm um lastro mediático amplificado pela imprensa – compreendida como barómetro da acção e do envolvimento públicos nesses vários processos.InConflict promove assim, através da exposição e também dos debates organizados, um pensamento sobre o papel da arquitectura enquanto disciplina artística, pública, política e ética, na expectativa de contribuir para o projecto de um futuro em comum.

No piso principal da mostra, a cenografia expositiva, que acolhe os sete processos de arquitectura, suporta uma leitura especular do conteúdo a partir do recurso ao espelho, como dispositivo criador de um espaço heterotópico entre a aparente fatalidade do real e a vontade da utopia do debate que apresengtam. O espelho não procura neutralizar a atmosfera existente das salas do palácio. Estabelece, antes, uma relação caleidoscópica, que rompe a configuração espacial e subverte a leitura dos salões – caracterizados pelas pinturas, tecidos, fingidos, papéis de parede e espelhos originais – inventando espaço onde ele não existe. É pois o espelho, o lado “polido” do dispositivo, que apresenta cada projecto num primeiro momento e serve, também, de cenário à peça tridimensional que pousa sobre o plinto à sua frente. Finalmente, no seu verso, reúne-se informação complementar, impressa ora sobre chapa não polida – invocando as grandes chapas de impressão da imprensa que é, ela própria, uma das bases do material exposto - ora sobre posters, reforçando o tom analógico e manual que reveste todo o projecto expositivo.

Na entrada principal, o andronede acesso ao Grande Canal, uma série de televisores transmite uma instalação audiovisual, editada a partir de material de arquivo televisivo e de uma selecção de documentários e curtas-metragens dedicados aos sete processos. O conjunto regi, que invoca dessa forma uma vez mais a imprensa, é um outro cenário caleidoscópico que ajuda a enquadrar o limite da mesa de debate.

Finalmente, a própria mesa de debate completa a cenografia expositiva. Desenhada a partir da geometria do pavimento do espaço onde está inserida, e dentro da materialidade do restante conjunto expositivo, é um símbolo dos espaços de reunião e discussão, lugares de conflito público onde a arquitectura se inclui e que medeia. A mesa, tal domo o conjunto de cadeira também especialmente desenhadas para o cenário, acolheu uma série de conversas que juntou agentes da transformação do território e do desenho das cidades.

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In Conflict Books - Vol.01 and Vol.02